Investimentos a curto, médio e longo prazo: quando fazer?

Mão de pessoa empilhando moedas em ordem crescente da esquerda para a direita representando prazo de retorno do investimento.

Quando fazemos uma aplicação em alguma instituição financeira, é comum nos atentarmos somente ao valor investido e ao lucro que será gerado, mas o prazo de retorno do investimento é um fator tão importante quanto a quantia aplicada, pois é determinante para o cálculo final da rentabilidade.

Entenda o período de investimento como o tempo que uma semente leva para gerar frutos após ser cultivada no solo. A lógica é a mesma, pois, assim como na agricultura, não é recomendado realizar uma colheita antes do prazo ideal para o desenvolvimento de uma planta. O mesmo ocorre com um investimento.

O que é prazo de retorno do investimento?

O tempo de investimento nada mais é do que o período em que o poupador deixa o dinheiro aplicado. Neste tempo, o investimento é cultivado, assim como no exemplo acima, e segue se desenvolvendo de acordo com outras interferências que podem alterar o seu valor final, como, por exemplo, a taxa de juros em vigência no país durante aquele período.

Por isso, os bancos e as cooperativas oferecem diferentes modalidades de investimentos para diferentes períodos. Afinal, ao investir, uma pessoa tem objetivos que vão além do lucro. Pode ser a compra de um carro ou casa, uma viagem, estudos etc.

Investimentos de curto prazo são ideais para objetivos mais pontuais ou urgentes, enquanto os de longo prazo possibilitam planos mais longínquos, como a compra de um imóvel, por exemplo, pois sua rentabilidade será maior com o passar do tempo.

Principais características de cada prazo de retorno do investimento

Cada prazo de retorno do investimento dos ativos possuem diferenças que vão além do tempo de aplicação. Suas rentabilidades são diferentes e cada modalidade atende a objetivos específicos do poupador.

Tenha em mente que, apesar de haver uma divisão de períodos, não há um consenso real entre os especialistas para definir o que é considerado curto, médio e longo prazo. Há investidores que consideram 3 meses como curto prazo, outros, de 1 a 2 anos.

Confira!

Investimento a curto prazo

Investimento a curto prazo, como sugere o nome, é uma aplicação que, além de render durante períodos menores, possui maior liquidez e baixo risco, tendo, por consequência, uma rentabilidade menor em relação a outros tempos de investimentos.

É indicado para poupadores que possuem objetivos menos ambiciosos, como uma reserva de emergência, a quitação de dívidas ou a aquisição imediata de algum bem material.

O Tesouro Selic é uma das principais escolhas dos investidores iniciantes quando falamos de investimentos a curto prazo. Além de oferecer razoável segurança financeira, possui alta liquidez, podendo ser resgatado a qualquer momento.

Investimento de médio prazo

Especialistas definem investimentos de médio prazo como aqueles que duram entre 2 e 5 anos. Aqui, o ativo tende a render valores maiores do que aqueles observados em curto prazo.

É adequado para objetivos menos imediatos, como uma viagem, a troca ou a compra de um veículo novo, férias ou a entrada em um imóvel.

Ao investir a médio prazo, o poupador ainda se expõe pouco a riscos e eleva a rentabilidade do ativo, embora tenha que abrir mão da liquidez para que o investimento possa render mais.

Investimento a longo prazo

Levando em conta que um ativo tende a valer mais com o tempo, um título que permanece por vários anos sob a posse do comprador acaba se enquadrando na categoria de investimentos de longos prazos. O período que compreende esse investimento é de 5 anos ou mais.

Geralmente, quem investe nesta modalidade opta por receber seus rendimentos em um futuro distante. Por isso, é mais utilizado para concretizar objetivos futuros como a compra de um imóvel próprio, e, em alguns casos, um reforço para a aposentadoria ou o planejamento familiar, como financiar os estudos de filhos.

Entenda, novamente, que não há uma regra para definir o que é um objetivo de longo prazo. Os que foram mencionados acima são os mais comuns para esse tipo de investimento, pois estão alinhados à realização de sonhos. Mas a compra de um carro, por exemplo, ou uma viagem para o exterior se enquadram nos objetivos de médio prazo, mas também podem entrar no planejamento de longo prazo.

Qual é a melhor opção?

Essa é uma pergunta complexa e que não possui uma única resposta correta. No entanto, há algumas variáveis que você deve considerar caso queira descobrir as melhores opções.

1. Qual é o meu perfil de investidor?

Entenda qual é o seu perfil . Se você está começando agora no mundo dos investimentos e não quer correr grandes riscos, talvez escolha ativos que ofereçam maior segurança. Caso tenha mais experiência e conheça os riscos envolvidos no investimento, é possível que opte por aplicações com maiores taxas de retorno e menor liquidez.

Ao descobrir qual é o seu perfil de investidor, você terá maior facilidade para entender quais investimentos estão alinhados com as suas metas.

2. Entenda quais são os seus objetivos

Há um investimento adequado para cada um dos seus objetivos. Se a questão das diferenças entre os prazos de resgate dos ativos ficou clara para você, o caminho para encontrar o ativo ideal para suas metas é simplificado.

3. Diversifique sua carteira de investimentos

Evite aplicar todas as suas economias em apenas uma modalidade de investimento. É consenso entre os especialistas que diversificação de ativos na sua carteira é saudável para suas finanças, pois assim você estará melhor preparado para diferentes situações, sejam elas planejadas ou frutos de imprevistos.

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