Os riscos de golpes financeiros têm crescido cada vez mais, e o mundo criminoso descobriu que a parte mais frágil do processo são os usuários.
O problema se intensifica com o surgimento de novas formas de realizar transações financeiras, seja para a compra de algum item, realizando investimentos que pareciam seguros ou para contratação de empréstimos.
Se, por um lado, há pessoas mal-intencionadas e que estão dispostas a adquirir dinheiro de forma ilícita, do outro temos as que não possuem conhecimentos sobre o tema e não sabem como se prevenir.
E ainda que as instituições financeiras se esforcem e invistam para garantir a segurança das operações dos seus clientes, novos golpes vão surgindo e com eles a necessidade de redobrar cuidados ao realizar qualquer tipo de pagamento ou ao expor seus dados pessoais, inclusive nas redes sociais, que são utilizadas pelos criminosos como fontes de informações.
Por isso, nas redes sociais:
- Use senhas complexas;
- Diversifique as senhas usadas;
- Ative a autenticação de dois fatores;
- Desative contas antigas que não usa mais;
- Tenha cuidado ao clicar em links;
- Avalie as solicitações de amizade;
- Nunca utilize a mesma senha em diversas plataformas.
E quando falamos de operações financeiras na internet, os riscos são ainda maiores: somente nos primeiros 5 meses de 2022, o Brasil registrou mais de 3 milhões de tentativas de golpes financeiros através de plataformas digitais – cerca de 22,5 mil por dia e 930 por hora! Estes são dados levantados pela PSafe, empresa especializada em cibersegurança.
Mais de 30% dos brasileiros sofreram algum tipo de golpe financeiro ou bancário em 2022, sendo 46,5% deles clonagem de cartão; 21%, golpe digital; 20,5%, vazamento de dados; e 11,5%, fraude. A informação é da Cadarn Consultoria em parceria com a idwall, que entrevistou 2,1 mil pessoas para analisar 23 bancos digitais e tradicionais entre novembro de 2022 e janeiro de 2023.
O que é um golpe financeiro?
Golpe financeiro é quando um ou mais contraventores utilizam meios ilícitos para obter dinheiro de uma ou mais pessoas. O golpe pode ser aplicado tanto em pessoas físicas quanto jurídicas.
Dessa forma, as vítimas são enganadas e, muitas vezes, percebem o golpe somente após o seu acontecimento.
Além dos danos financeiros, danos morais e psicológicos também são bastante comuns.
Golpes financeiros mais comuns
Os principais golpes financeiros registrados no Brasil atualmente são aplicados pela internet, e tiveram um aumento substancial durante a pandemia, período em que as pessoas passaram a realizar mais compras online.
Mas isso não significa que aqueles golpes tradicionais não existam mais. É comum, por exemplo, fraudes aplicadas após o fornecimento de dados a pessoas consideradas de confiança, porém mal- intencionadas.
Confira abaixo uma lista com os golpes financeiros mais comuns atualmente.
Golpe do pix:
Com a alta do pix, muitos golpes relacionados a esse modelo de transferência surgiram, pegando desprevenidos aqueles com pouco ou nenhum conhecimento sobre o assunto.
Um exemplo é quando a vítima é convencida a fazer uma transferência para uma conta bancária fraudulenta.
O pix por si só não é o modelo final desse tipo de golpe, mas um meio para transferir o dinheiro para, por exemplo, a compra de um produto que não existe, ou até para pagar um suposto sequestro.
Golpe do WhatsApp:
O aplicativo de conversas também é um meio bastante utilizado para golpes financeiros. Nele, o criminoso utiliza um número falso para se passar por alguém, ou até clona o número original da vítima para se passar por ela e pedir dinheiro aos seus contatos.
Além de utilizar o nome e a foto da vítima, o contraventor se apoia em narrativas de urgência para que a transferência seja imediata. É comum o uso de histórias falsas sobre emergências de saúde, veículo danificado, perda do cartão ou a falta de acesso à própria conta bancária, entre outros.
Uma das formas de proteger o seu número contra a clonagem é evitar clicar em links suspeitos que são enviados pelo WhatsApp, seja por conhecidos ou por números sem identificação. E, ao receber a mensagem de um número com suspeita de clonagem, bloqueie, faça a denúncia imediatamente e avise aos contatos em comum.
Phishing:
O phishing é exatamente o que o nome sugere. O criminoso tenta “fisgar” uma vítima através de algum link adulterado enviado por e-mail, mensagem de WhatsApp, SMS e outras redes sociais.
O link vem acompanhado de alguma mensagem bastante chamativa como, por exemplo, a oferta de algum produto vendido a preços muito baixos, ou sorteios e premiações suspeitas.
Ao clicar no link, a vítima instala aplicativos que coletam os dados pessoais que ficam salvos no seu dispositivo, conseguindo acesso total às suas contas bancárias, perfis de redes sociais e número de telefone.
Por isso, é essencial desconfiar de qualquer mensagem suspeita vinda de remetentes desconhecidos, principalmente aquelas contendo promessas absurdas, como a obtenção fácil de dinheiro e outros bens materiais.
Clonagem de cartão:
Apesar de ser um golpe antigo, o método foi atualizado para ser aplicado em plataformas digitais. Nele, o criminoso utiliza os dados da vítima para realizar compras que serão cobradas na fatura dela. Como muitas pessoas não têm o hábito de checar suas faturas com frequência, acabam percebendo dias ou semanas após o golpe.
Como esse tipo de fraude ocorre?
Uma pessoa corre riscos de ter o seu cartão clonado ao compartilhar os seus dados financeiros em plataformas digitais suspeitas ou ao repassar imagens do cartão em aplicativos de mensagens.
Além disso, ocorre também quando o criminoso liga para a vítima, passando-se por um representante legal do banco e pede a ela os dados do cartão.
Ao identificar movimentações suspeitas na sua conta bancária, entre em contato imediatamente com a sua instituição financeira através de um canal confiável para relatar o ocorrido.
Pirâmide financeira:
Amparado pela lei nº 1.521/1951, o modelo de pirâmide financeira é uma prática considerada ilegal.
Novamente, aqui temos um método de fraude que convence as vítimas através da promessa de ganhos financeiros que fogem da realidade.
O esquema se baseia no recrutamento de mais e mais pessoas, sendo que aquelas que estão no topo da pirâmide lucram quantias exorbitantes, enquanto as que foram recrutadas posteriormente servem apenas como um meio para o repasse de ganhos para quem estiver acima.
A pirâmide se alimenta através do discurso que enfatiza que quanto maior a entrada de novos participantes, maiores serão os lucros.
Como não cair em golpes financeiros?
Agora que você já conhece os principais golpes financeiros, é hora de descobrir algumas dicas para evitá-los!
Ainda que haja um esforço das instituições financeiras para reforçar a segurança dos seus serviços e das plataformas digitais para combater contraventores, é fundamental que você esteja familiarizado a todos os sinais que indiquem a possibilidade de golpe.
E caso você não consiga evitá-los, procure formas de conter os danos, seja entrando em contato com o seu banco ou com as autoridades para fazer a denúncia.
Confira abaixo 5 dicas para se prevenir dos golpes financeiros:
- Cuidado com suas senhas: nunca forneça senhas, tokens e códigos de ativação de dispositivos de segurança por canais não-oficiais ou a contatos desconhecidos.
- Desconfie de contatos suspeitos: criminosos têm o hábito de abordar as vítimas se passando por representantes de alguma instituição financeira ou empresa para pedir dados pessoais. Esteja atento a esses contatos e nunca forneça suas informações, a não ser que seja estritamente necessário.
- Não clique em links desconhecidos: lembre-se que instituições financeiras nunca pedem senhas e outras informações sigilosas. Ao receber e-mails e mensagens (por SMS ou WhatsApp) solicitando tais dados, evite clicar nos links enviados.
- Desconfie de ganhos fáceis e exorbitantes: a tentativa de golpe financeiro através de promessas extravagantes é comum e muitas pessoas com pouca ou nenhuma vivência na internet são vítimas. Fique alerta ao receber mensagens oferecendo oportunidades de ganhos fáceis.
- Não divulgue informações pessoais nas redes sociais: com apenas algumas informações como número de telefone, e-mail pessoal e dados do cartão de crédito, o contraventor obtém recursos suficientes para aplicar golpes. Evite compartilhar tais materiais em suas redes sociais ou com pessoas desconhecidas.
Se você quiser saber mais sobre como identificar golpes financeiros e evitá-los, continue a leitura em outro artigo que publicamos aqui em nosso blog!
No Sicredi, a sua segurança e a do seu dinheiro é prioridade
O associado Sicredi conta com nosso maior desempenho na proteção de dados e apoio contra qualquer tipo de fraude financeira.
Nós não solicitamos senhas, fotos do cartão, token de acesso, códigos de identificação e outras informações sigilosas por mensagem de SMS, aplicativos de conversas, ligações ou redes sociais.
Todo o processo de compartilhamento de dados é feito inteiramente através do nosso aplicativo!
Caso tenha dúvidas sobre nossos serviços, você pode entrar em contato conosco através dos nossos canais oficiais de atendimento. Clique aqui.